TEATRO PARA DANÇAR

terça-feira, 31 de outubro de 2017

A Atividade teatral em Cabo Frio, não para!

"Teatro Quintal", "USIN4", "LD" e "SORRISO FELIZ" concentram boa
parte da atividade teatral independente de Cabo Frio. 
Desde 2015, quando os espaços independentes de teatro de Cabo Frio passaram a funcionar, a atividade artística voltada para o espetáculo cênico, ganhou força na cidade. Novos artistas surgindo e a consolidação daqueles que já faziam teatro ha muito tempo. A ousadia e atitude da iniciativa privada local, trouxe para o teatro alguns ganhos. Um deles é criar uma atividade constante, no fazer teatral, independentemente das ações governamentais. Espaços como "Teatro Quintal", "Espaço Cultural LD", "USIN4", "Sorriso Feliz" e a lona "Meu Vizinho Trapezista", estão reinventando a cultura teatral e circense, local.
Claro que o poder público pode desenvolver um papel mais agressivo nesta ação, porém, com o teatro municipal fechado ao público, a atividade artística vai ganhando outros contornos e, para o nosso setor, este é o momento de arregaçar as mangas e trabalhar por um teatro independente, vibrante e cheio de opções para o público e muitas alternativas para os jovens e adultos, da cidade.
Cabo Frio, conhecida no Brasil inteiro como a "cidade do prazer", onde turistas alcoolizados despejam lixo nas praias e com um índice alarmante de alcoolismo, encontra na atividade teatral grandes possibilidades. Jovens poderão ter outras opções que não apenas passar a noite em bebedeiras e bares. Mas poder curtir a liberdade de gênero e ampliar sua liberdade de expressão.
Curtir um peça teatral com artistas locais e de fora, fazer oficinas em diversos seguimentos, frequentar cineclubes e se reunir para namorar e jogar papos cabeça no ar. Tudo isso está fortalecendo uma juventude que quer muito mais do que, simplesmente, consumir produtos estrangeiros e virar as costas para sua cultura local/nacional. Aquela "velha Cabo Frio", das oligarquias e da falta de oportunidade artística, está cedendo lugar a uma cidade onde a juventude começa a fomentar atividades como sebos, brechós, circo, teatro, dança, e cursos livres por todos os lugares.
Cabo Frio está se tornando, também, a cidade dos Saraus. Com o "Flores Literárias" a todo vapor e o "Revira Volta", no famoso bar do Nicola. Uma programação de peso vai dando, cada vez mais, o mote para uma fúria criativa que começam ainda que, indelevelmente, delinear uma possibilidade econômica que, sem dúvida, ainda irá atrair, muito mais empresários da cidade, que, certamente, não vão querer perder o bonde da história.

Confira a programação do espaço Cultural USIN4.
Usin4 (Geraldo de Abreu, 4)


Dia 03 e 04/11 às 20 horas
POR MARES NUNCA DANTES NAVEGADOS
(Espetáculo teatral poético em cima da obra Os Luzíadas de Camões. E mais, caldos, petiscos portugueses e bebidas)

Dia 16/11 às 19:30 horas
CINE MOSQUITO 72
(Mimica dos filmes, poesia, teatro, varal da arte, mostra indígena, curtas metragens
 E mais, petiscos e bebidas)

Dia 18/11 
Às 15 horas
O CORPO E SUA ENERGIA CRIADORA 
(Work shop de vivência poética, acolhimento, expressão e harmonização energética)
Ás 20 horas
BENNU performance solo sobre renascimento e sua energia criadora, noite de autógrafo com a poeta, artista e especialista em Terapia Através do Movimento Rachel Castro de Queiroz

Dias 25 e 26/11 às 18 horas
VIAGEM AO MUNDO DA MÍMICA
(espetáculo infantil que conta a história da mímica no Brasil e no mundo. E mais, pipoca, petiscos e bebidas)

Dia 08/12 às 19:30 horas
CINE MOSQUITO 73
(Mimica dos filmes, poesia, teatro, varal da arte, mostra indígena, curtas metragens. E mais, caldos, petiscos e bebidas)

Dias 9 e 10/12  ás 19 hs
 AS AVENTURAS DO SR. GALANTE 
(Espetáculo que reconta com jogos corporais e brincadeiras dois contos da literatura infantil. E mais pipoca, petiscos e bebidas)

Dia 16/12 às 20 horas 
CLUBE DO TEATRO III ( Apresentação sequencial de várias cenas teatrais curtas, exposições visuais e literárias. E mais, caldos, petiscos e bebidas)

Maiores informações:
usin4artes@gmail.com

sábado, 28 de outubro de 2017

Clube do Teatro, um lugar onde a Alma do Artista fala mais alto.

Pense num espaço artístico onde sua pesquisa, criação e resultados são extremamente valorizados, isso mesmo, um lugar onde artistas das novas gerações, junto com as gerações mais antigas do teatro de Cabo Frio e Região, se encontram para viver um momento especial e único das artes locais. Foi para isto que criamos o CLUBE DO TEATRO. Veja fotos de como foi o primeiro encontro, e veja quanta inventividade e criatividade no palco que se profissionaliza cada veza mais.

Foto: Marcos Souza

Foto: Marcos Souza

Foto: Marcos Souza

Foto: Marcos Souza

Foto: Marcos Souza

Foto: Marcos Souza

Foto: Marcos Souza

Foto: Ricardo Schmith

Foto: Ricardo Schmith

Foto: Ricardo Schmith

Foto: Ricardo Schmith


Foto: Ricardo Schmith 
Foto: Ricardo Schmith


Foto: Ricardo Schmith

Foto: Ricardo Schmith

Foto: Ricardo Schmith

Foto: Ricardo Schmith

Jiddu Saldanha - Blogueiro.

CRÍTICA: Metamorfose, Primeiro Amor - A poesia dos ossos!

Vivaldo Franco - Atua e dirige o solo teatral inspirado
em Kafka e Beckett - Foto: Alice Rezende.
O espetáculo "Metamorfose, Primeiro Amor" traz a escolha livremente inspirada na obra de Franz Kafka (A Metamorfose) e Samuel Beckett (Primeiro Amor). No entanto a ousadia da junção se faz numa rigorosa pesquisa, trazendo para Cabo Frio, Teatro Quintal, uma leitura cênica, no mínimo, inusitada. É que, neste contexto, Vivaldo Franco comemora 40 anos de teatro. Hoje, com 57 anos, o artista está em pleno vigor da forma física e psicológica, suficiente para encarar de frente, a proposta monumental de colocar, no palco esta empreitada.
A cena traz energia e pesquisa, um corpo totalmente engajado na essência desta busca, vê-se logo, que Vivaldo está bem preparado para a batalha. Durante 70 minutos de peça, sua técnica de atuar se conecta com o clássico e o contemporâneo. De um lado, vê-se um ator econômico, que esquadrinha cada milímetro do palco, de forma paciente e clara, mais adiante, este mesmo ator, se desdobra em contrações e atitudes cênicas que vão, aos poucos, mostrando um domínio complexo do fazer teatral.
Vivaldo consegue, com sua respiração controlada e voz bem dosada, envolver o publico em sua história, apresentando de forma atlética mas não menos sensível, o repertório corporal necessário para se chegar à essência de um trabalho que exigirá do ator, um campo vasto de de técnicas e sentidos a postos para cumprir a tarefa. Portanto, é notória a entrega, a busca e as descobertas da nobre arte de atuar, no corpo poético do ator Vivaldo Franco, que também assina a direção do espetáculo.
O espetáculo tem sua excelência, também, na execução técnica, já que dispõe de interferência de sonoplastia que inclui trilha sonora e gravação de voz, além de uma iluminação pulsante que se equilibra com a movimentação, no palco. A cenografia, bem distribuída mostra objetos que tem função primordial. Tudo é aproveitável, tudo tem uma função, tudo é claramente disposto para servir aos signos essenciais a que a dramaturgia e arquitetura cênica se propõe.
Ao fim de tudo, deparamos com uma obra onde o ator é vedete principal, não sem reconhecer que, um trabalho harmonioso, precisa caminhar com a força de uma equipe coesa, e foi isso que deu para perceber, assistindo "Metamorfose, Primeiro Amor". Também destaco uma das mais poéticas formas de exercer o nu artístico, no palco, sempre um desafio para qualquer ator, no entanto, neste espetáculo, a nudez traz uma poesia que crava na pele do expectador, gerando a contemplação do corpo como instrumento de vida e afeto, para muito além de qualquer discurso de sensualidade gratuita, na verdade, o nu em "Metamorfose, Primeiro Amor" reforça a função do corpo no teatro, para muito além de qualquer forma de glamour consumista.
Fecho, recomendando este espetáculo, entrego-o nas mãos das novas gerações, para que vejam que o exercício constante do fazer teatral, a entrega intelectual e corporal de um artista, faz dele um integro representante de nossa arte, não apenas pelo que ela tem de belo, mas sim, principalmente, pelo que ela tem de pesquisa, de busca e de entrega a um ofício, de verdade.

CLIQUE AQUI para ler crítica de José Facury e uma entrevista exclusiva de Vivaldo Franco, para a revista "Teatro Possível". 

Jiddu Saldanha - Blogueiro.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Segunda edição do "Clube do Teatro", Sábado, dia 28 no USIN4 - Cabo Frio.

A programação dos espaços independentes de Cabo Frio, estão a todo vapor, esta semana, muita coisa boa aconteceu e vai acontecer em diversas casas da cidade que, para suprir à demanda artística, resolveu arregaçar as mangas e oferecer cultura de qualidade para aqueles que curtem consumir arte.
Fica aqui a dica para o sábado, dia 28 de outubro, no espaço USIN4, onde vamos mergulhar fundo no fazer artístico, desta vez com a segunda edição do "Clube do Teatro". Venha, você vai se divertir muito.
O Clube do Teatro é uma nova tradição artística que está nascendo na cidade, momento para descobrir, não apenas novos talentos mas, também, deixar a população local antenados com o que de melhor acontece na cena Cabofriense. Pura diversão, e, principalmente, conhecimento e troca de experiência. 
Para este clube do teatro, muitas novidades: Além de cenas novas e reapresentação de trabalhos artísticos locais, vamos também mergulhar no mundo da performance e das artes visuais, através do Varal do Beijo, onde muita gente, que já expôs seu trabalho no Cine Mosquito, agora, demonstra sua arte com afinco, no evento teatral mais charmoso da cidade de Cabo Frio. Venha curtir o CLUBE DO TEATRO e seja feliz com a gente!

Confira a programação e fique atento à classificação etária de cada cena:
CLUBE DO TEATRO II - INGRESSOS PELO NÚMERO (22) 9 9813 5036
Veja a programação do Clube do Teatro. Participe, traga os amigos, divulgue esta ideia!
Local: Espaço Cultural Usin4
Endereço: Rua Geraldo de Abreu, nº 4 - Jdim Excelsior (Rua da Ampla).
#Clubedoteatro #teatropossivel #oficena #teatroquintal #tvpossivel #cinemapossivel #teatro #usin4 

Ingressos: R$ 10,00 Meia Antecipada e R$ 15,00 (INTEIRA PROMOCIONAL NO DIA).

MONÓLOGO DO VERMELHINHO 
GRUPO OTB – OS OPERÁRIOS DO TEATRO BRASILEIRO 
ATOR: YURI QUINTANILHA 
DIREÇÃO: YURI QUINTANILHA 
TEXTO: YURI QUINTANILHA 
DURAÇÃO: 8 MINUTOS 
CLASSIFICAÇÃO: LIVRE

PUNK ROCK JONH
ATOR: RAPHAEL ARAÚJO 
DIREÇÃO: JIDDU SALDANHA 
TEXTO: NEIL HILBORN – APATADO POR RAPHAEL ARAÚJO 
DURAÇÃO: 5 MINUTOS 
CLASSIFICAÇÃO: LIVRE

QUEM DESCOBRIU O BRASIL?
ATOR: CAIO DANARIM 
DIREÇÃO: CELSO GUIMARÃES 
TEXTO: CAIO DANARIM 
DURAÇÃO: 8 MINUTOS 
CLASSIFICAÇÃO: LIVRE

VOCÊ QUER LACRE? 
PERFORMERS: NADIR PIRES, NATHALLY AMARIÁ E PÉROLA HATAKE
DIREÇÃO: COLETIVA 
DURAÇÃO: 4 MINUTOS 
CLASSIFICAÇÃO: 16 ANOS 

O TEMPO É DE MEDÉIA, O DIA É DE JOANA 
ATRIZ: CLÁUDIA MURY 
DIREÇÃO: LAUREN CHRISTIE 
TEXTO: CHICO BUARQUE 
DURAÇÃO: 15 MINUTOS 
CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS

O SUÍCIDIO DE UM IMORTAL 
ATOR: WALLACE  MATHEUS 
DIREÇÃO: MARIO SALES BUZZACCHI
TEXTO: MARIO SALES BUZZACCHI
DURAÇÃO: 5 MINUTOS 
CLASSIFICAÇÃO: LIVRE

SHARLENE, A PARANORMAL 
ATOR: JOÁS TEODORA 
DIREÇÃO: JIDDU SALDANHA 
TEXTO: JIDDU SALDANHA 
DURAÇÃO: 10 MINUTOS 
CLASSIFICAÇÃO: LIVRE

TODO SILÊNCIO TEM UM NOME 
ELENCO: ILANA AGNES, NADIR PIRES, SARA SILVESTRE E SHIRLLEY MAIA 
DIREÇÃO E SONORIZAÇÃO: DANDARA MELO 
TEXTO: TAMIRES BORGES 
DURAÇÃO: 10 MINUTOS
CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS 

domingo, 15 de outubro de 2017

Alunos do OFICENA são destaque no 10º Curta Cabo Frio - 2017

"Rubi", de Mario Sales Buzzacchi, recebe o primeiro prêmio do Cinema Local.

Ao Lado de Milton Alencar, Wallace Matheus é saudado
como destaque dos iniciantes do cinema local.
Receber um prêmio do Curta Cabo Fio, não é pouca coisa, considerando a tradição do festival, que já está em sua 10ª Edição e que atrai a atenção do Brasil inteiro. Este ano, em função da crise pelo qual o país passa, o festival foi austero, discreto, mas não perdeu seu charme. Nossa vontade é de explanar a premiação aqui, mas não temos esse direito, já que o festival tem sua própria assessoria e que levará a público no tempo certo, o resultado. 
Aproveitando pra dizer que, na fala de Milton Alencar: "foram 146 filmes inscritos dos quais, 70 selecionados pela curadoria. A premiação vem com parte de um grande esforço que envolve toda a equipe de um festival que não é fácil de organizar. 
A nós, expectadores e apaixonados por cinema, cabe viver o "glamour possível" deste momento singular para a cultura local. Bom ver que gente grossa do cinema nacional, passaram por este festival e melhor ainda é saber que ser premiado num contexto desses é pra nos encher de orgulho, sem qualquer falsa modéstia.
Segue abaixo algumas fotos de celular que tirei despretensiosamente, apenas com o intuito de congratular-me com a equipe do filme "Rubi", que tem praticamente todos os participantes, oriundos do OFICENA - Curso Livre de Teatro do Teatro Municipal de Cabo Frio. Um curso que, além de dedicar-se ao teatro, sempre valorizou o interesse dos alunos pelo cinema e hoje, uma geração de jovens apaixonados por Cinema, foram reconhecidos pelo Festival de Cinema local e isto confere um forte valor artístico ao compromisso de orientar a juventude para as artes cênicas.

Um texto teatral escrito por Nathally Amariá, em 2013 transforma-se em
roteiro de Mario Salles e Rodrigo Cintra e recebe o prêmio de melhor filme
de Cabo Frio em 2017.
Realizadores, premiados e entusiastas do cinema, ao lado de Milton Alencar Jr. Cineasta que exerce grande influência sobre
a produção audiovisual e formação de jovens na área de cinema brasileiro.

10 anos de história pra contar.

Ver a empolgação e energia positiva entre os jovens e adultos tanto na plateia, como no palco e na tela, enche de esperança e fé no futuro do cinema local. A partir de gestos que, mesmo num contexto de crise, num território de constantes embates políticos, a arte vence em todos os quesitos e, num momento assim, não existem inimigos. Apenas sonhadores que buscam o melhor para o mundo da arte que é o que a arte mais precisa, no momento.. O cinema local segue produzindo novos frutos para transformar Cabo Frio num celeiro de produção audiovisual para o Brasil e o mundo. Que venham outros festivais, que o Curta Cabo Frio tenha vida longa!

sábado, 14 de outubro de 2017

Crítica - "Aurora da Minha Vida" - Um libelo contra a opressão e falta de democracia!

Ator Gurstavo Seabra -  Foto: Pedro Brandoff
São muitas coisas que emocionam ao ver um espetáculo como "Aurora da Minha Vida", sem dúvida, muitos acertos como, por exemplo, a impagável atuação de Gustavo Seabra e Tamires Nazareth, que seguram o eixo da peça do início ao fim, não deixando o ritmo cair. O elenco está bem equilibrado como um todo, mas de alguma forma, e em algum momento, cada ator tem a oportunidade de expressar a qualidade se seu trabalho. 
A peça está bem intensa e traz uma densidade oposta à peça "Bailei na Curva", uma das montagens da prática do Teatro Quintal de 2016 e que trazia boa parte do elenco de "Aurora da Minha Vida". Faço a comparação por serem peças de assuntos semelhantes e que foram escritas com 2 anos de diferença, "Bailei" 1983 e "Aurora" 1981. Enquanto "Bailei" mostrou cenas mais leves com um ritmo suave, "Aurora" apresentou um mundo sombrio e pessimista, assinalando, um ambiente melancólico, uma espécie de martírio sofrido por crianças, vítimas de um sistema educacional capenga, careta e preconceituoso. 
Uma geração cada vez mais madura, com um bom repertório de peças no currículo, engrossou o caldo da Prática de Montagem 3, do Teatro Quintal. Jovens que circularam nas mãos de diversos diretores da Cidade, como Italo Luiz Moreira, Silvana Lima e José Facury, agora, experimentam a direção de um dos mais jovens e promissores diretores do teatro local. Dio Cavalcanti conquistou a confiança de seu elenco e demonstrou firmeza na condução e nos desenhos das cenas a que se propôs.
Do ponto de vista de uma visão ampliada do fazer teatral, "Aurora" traz um belo uso do espaço cenográfico, dando ao tearo de bolso um ar, realmente de escola, principalmente pelo uso da janela, ao fundo, como uma ambientação multiuso e que amplia, na imaginação do público, a ideia de uma escola em seus espaços diversos. Também cabe destacar, as cadeiras, expostas de forma incompletas, esqueléticas, com aros aparecendo na parte do apoio. Isto triou a tentação realista da peça, e fez o diretor se divertir pelo mundo do surrealismo e teatro do Absurdo. Os papéis amassados, jogados pelo chão, dão um tom de agonia, delírio e decadência que, moldada pela sonoplastia e uso ativo da iluminação, tudo ganhou um tom triste, melancólico, decadente. Uma paulada no nosso sistema educacional, porém, com uma visão datada, uma escola do passado, onde nenhum aluno batia no professor, apesar de tudo.
No cômputo geral, "Aurora da Minha Vida", aconteceu na estréia e vai continuar acontecendo durante a temporada, a única coisa a lamentar, no momento, é a curta temporada. Apenas 6 apresentações num espaço de 50 lugares. Seria bom se a peça continuasse em Cartaz. Quem sabe, uma conversa entre diretor, produção e elenco, resolva a questão? Para o ator, quanto mais se apresenta uma peça, é melhor. Para o público disperso de Cabo Frio, é um tempo para se achar e encontrar o rumo do teatro local. Para a cidade, uma forma de oferecer turismo cultural para que vem de fora. Porque não?

SERVIÇO

AURORA DA MINHA VIDA
A 3° Edição da Prática de Montagem do Teatro Quintal 
apresenta um clássico de Naum Alves de Souza.

Texto de Naum Alves de Souza
Adaptação de Silvana Lima
Direção de Dio Cavalcanti

Em cartaz nos dias: 13, 14, 15, 21 e 22/10 às 20:00

Foto by Pedro Brandoff

(Jiddu Saldanha - Blogueiro)

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O Bruxo de São Pedro da Aldeia irá apresentar o Clube do Teatro II...

Marcelo Tosta, um artista completo!
Um dos fortes nomes das artes em Cabo Frio, Marcelo Tosta é ator, diretor, escritor, artista visual e cineasta. Sua alma fica apertadinha dentro de seu corpo, de tanto transbordamento e energia que produz! Ele mesmo, o "Bruxo de São Pedro da Aldeia", traz a marca dos artistas que tem alma de artista, e sua fluidez criativa transborda em suas páginas nas redes sociais. 
Seus filmes, desvendam a alma humana, na simplicidade e desenho que as palavras propõem. Suas pinturas, belas, fortes, coloridas e únicas, já o seu teatro é denso, encorpado, profundo; transgride e transforma corpo do ator. Este é nosso Marcelo, este cigano sideral que pousou na nave mãe terra. Onde tem Marcelo, tem alegria, tem sinceridade, tem conversa boa, tem sentimento. Por isso o convidamos para ser o apresentador do Clube do Teatro II. Um encontro para jamais esquecermos.
Outro aspecto delirante de seu trabalho, é sua literatura. quem já viu seus textos, percebem uma sutileza e uma busca que vai lá  no vazio da existência, para enchê-la de paixão, de forma, de estrutura. Seus mergulhos entre uma e outra depressão é profundamente criativa, por isso, talvez, ele tenha de ficar tanto tempo recolhido, pensando e fluindo suas novas criações. Vez ou outra, Marcelo precisa estar entre nós, porque ele não é apenas um artista, mas um mensageiro de seu tempo. Um cara que veio pra fazer a gente lembrar que a arte é necessária e o instante é o agora.

Marcelo nos dirá um pouco de si, nesta entrevista exclusiva para o blog Teatro Possível.

"Eu nunca estive fora 
do movimento 
Teatral da cena de 
Cabo Frio, nunca! "

Clube do Teatro II, Encontro marcado entre artista e público!
Jiddu Saldanha - Como é mergulhar no mar de nossa região, pelo viés do teatro? Marcelo Tosta é esse mergulhador abissal da arte?

Marcelo Tosta - Quando penso em mim, buscando reconhecer no organismo os primeiros raios e registros da arte, penso imediatamente em uma criança sentada no meio da sala, desenhando e escrevendo nas antigas sacolas pardas de mercado para tentar minorar a sua ansiedade. Talvez um traço já constante de que eu precisasse comunicar e tivesse alguma espécie de canal aberto, creio neste canal em todos nós, para poder dizer daquilo que estivesse entre os mundos e entre os entres de nossas esferas, psico esferas. 
Lembro também de mim, trancado no fusca amarelo do meu pai, ouvindo a rádio MEC, mesmo não tendo sido apresentado pela minha família. É da parte da descoberta, do risco e dos frios quatro dedos abaixo do umbigo equidistantes do sexo. É do marejar tendo ainda que como registro, a mãe zelosa demais, gritando para que eu não nadasse para o fundo, para não me afogar no meio das águas da vida.  A arte e o meu trabalho com as possibilidades da arte, não começou exatamente quando numa igreja abandonada na época, emprestava como palco,  o altar para que eu pudesse reconhecer Vivaldi e ler “Sonhos de uma noite e Verão”, me fascinando com Píramo e Tisbe, com Puck, Com Anaïis Nin citada por Artaud e eu nem podia imaginar que pouco tempo depois eu estaria nos palcos dando voz a este homem que trespassado em correrias e gritarias de existência, assim como eu, também gritava. Com 15 anos, comecei a dividir o que eu tinha necessidade de expandir e investigar com um grupo de almas que variavam a mesma idade ou mais que a minha naquela época. E comecei a dirigir a cia de pesquisas teatrais Religare, que até hoje cumpre e compra a briga de existir e insistir, sem financiamento e nem apoios. 
Nadávamos contra a corrente, dos preconceitos, das torpezas e indignações diante da sensibilidade possível e que sempre era motivo de repúdio para que permanecidos na ignorância, fôssemos incluídos nas rodinhas da vida. Eu sempre fui marginal, das figuras que estavam à margem e que aprenderam que era exatamente do lado da borda de fora, que ficava o maior do mundo. Eu poderia falar intensamente sobre meus primeiros registros na arte, já que sempre me sinto renascido todos os dias quando me vejo diante de sensações e de possibilidades de registros, que me são orgânicas e inevitáveis. Eu não evito a sensibilidade e nem excluo de mim o estudo aprofundado da minha existência, das existências, insistências e vontades reverberadas no Nosso mundo. Ainda que me dissessem “NÃO”, eu, do lado de fora, estava dentro do quintal do maior do universo e para isso, Nunca! Um único verso, palavras infinitas.

"Eu não evito a 
sensibilidade e 
nem excluo 
de mim o estudo 
aprofundado da 
minha existência"

JS - Quais os momentos vividos no RJ que vale a pena lembrar?

MT - O Risco do percurso saindo da roça para a cidade de pedras, a vontade celebrada no peito, para poder estudar, sendo pessoa vista como impossibilitada e sem recursos, para investigar o teatro fora da cidade pequena. (suspiro e conto até dez!) A Martins Penna, meus amigos que guardo até hoje no coração, professora magnífica da Romênia, Mona Lazar! Miojo, miojo, miojo! Vontade de voltar para casa para ver TV nas tardes de sábado com a minha mãe. Descobertas de que o riso não era propriedade das pessoas “engraçadinhas” que me julgavam depressivo. Um grande reconhecimento por minha capacidade de fazer comédia, mesmo sendo um ator conhecido por imersões dramáticas e profundas, fazer rir é ter entendimento sem medo do mergulho na dor. Eu não me lembro somente do Rio, me lembro do mundo! O Rio que corre lá, não corre menos aqui, dentro do meu peito e dentro do magnífico movimento que nós, atores, jovens, velhos de alma e ávidos de desejo, fazíamos ser e existir e não apenas pesar sobre a Terra em Cabo Frio. Do Rio ainda tenho muito a colher. Mas muito mais quero plantar pelo mundo. Eu sou do mundo! Eu sou do mundo! Do mundo!

Num clique de Alexandra Arakawa - 2008
JS  - De volta no movimento teatral de Cabo Frio com a cena "O Último Delírio de Van Gogh", quais são suas expectativas?

MT - Eu nunca estive fora do movimento Teatral da cena de Cabo Frio, nunca! Talvez Cabo Frio tenha expelido ou fechado por um tempo de nova semeadura, segregação, reforma, os outros artistas que estavam sempre ali, mas não eram vistos. Não estou falando com arrogância, estou falando com verdade que precisa ser revelada de dentro de mim, diante da pergunta que me foi feita. Vanisse, foi um trabalho que até pouco tempo estava sendo mostrado e vivido com a mesma intensidade de todos os campos e cidades e pastos e  estradas. Em São Pedro, não para nenhuma instituição política, vivemos o incrível “Quilombo de Cal”,  no Rio e também aqui. Muitas coisas aconteciam e eram notificadas pelas redes sociais. Eu não fui a Europa, ainda, mas ela estava conosco aqui, em Cabo Frio e qualquer lugar, estava o Brasil inteiro. O mundo estava aqui, está em mim, eu estava aqui perto com a Cia Religare, bastava que fizessem menos barulho para também  nos ouvir. Tenho aprendido com o tempo, cada vez mais, que é inútil pensar em "contracenação" se não estivermos dispostos a fazer silêncio. 
O Silêncio é sagrado, nele há uma ruidosa e encantadora música e fala milenar do universo, nos dizendo sobre o que o Tempo, pode fazer por nós, agora. Agora quero fazer Van Gogh! E quero fazê-lo com a dignidade que ele merece por sua grandeza, mas antes de tudo, pela sua sensibilidade que só foi reconhecida depois de ter sido esmagada pela falta de olhos que o percebessem e o retirassem desse enquadramento absurdo e violentamente cruel do que chamam de loucura! Então,  tudo que espero é ter competência e humildade para fazê-lo, mesmo que sabendo que ele não precisa de mim para viver, porque permanece vivo e grita suas cores e orelha pelo mundo  muitas vezes, completamente surdo.

Ensaio poético visual por Alexandra Arakawa
homenagem a Marcelo Tosta...



"O mundo estava aqui, 
está em mim, 
eu estava aqui perto 
com a Cia Religare"

JS - O teatro tem jeito, tem como revigorar esta arte nesta Cabo Frio, neste Brasil?

MT - O Teatro precisa de coragem! Não se faz teatro sem coragem, sem riscos, sem mar, sem vida, sem fogo nas ventas, nas “partes”, no corisco. Na verdade eu penso que o país precisa do Teatro e que o Teatro precisa ser entendido de uma vez por todas como profissão, como legado, como tarefa absolutamente imprescindível para que aconteça alguma espécie de deslocamento de nossas zonas de conforto nada confortáveis. O teatro precisa de gente abusada, de gente puta, de puta, Salve as putas! De Santos mártires que gozem por Deus! E que entendam que Deus e o diabo, sempre tomam chá, juntos no final da tarde. Não existe esta coisa chata de se trabalhar sem ter ganhos, sejam eles físicos ou secundários. Todo ator merece respeito pelo seu TRABALHO e o teatro não pode deixar de ser considerado como uma grande alavanca possível e próxima de todos nós, para que possamos despertar o mundo do sono da ignorância. O país precisa de nós e não de elitização. O teatro é tão fundamental e urgente quanto a fome. Salve Antonin Artaud! Laroiê!

JS - Quem é Marcelo Tosta por Marcelo Tosta

"E que entendam 
que Deus e o diabo, 
sempre tomam chá, juntos
no final da tarde."


MT - Um homem nu diante do espelho, que não tem a menor pressa em colocar a roupa.


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

OFICENA em Vídeos - desde 2013. Confira!

Um Breve história do OFICENA - Curso Livre de Teatro do Teatro Municipal de Cabo Frio, a partir de 2013 até 2017. Faça sua viagem, viva suas recordações! Vale a pena...

Desfile do OFICENA - Recepção dos novos alunos - 13 de março de 2017




FALAS DO OFICENA 01
Depoimentos de alunos do Curso - 2016



FALAS DO OFICENA 02
Depoimentos de alunos do Curso - 2016


FALAS DO OFICENA 03
Depoimentos de alunos do Curso - 2016



Divulgando O INSPETOR GERAL - 2016


Divulgando o "O NAVIO NEGREIRO" 2016


Vivência coletiva.



Cenas do Oficena - 2016



Não há Tempo Pordido - 2016




III Ciclo de Leitura Dramatizada - 2016



Falas do OFICENA 04 - 2016


Encontro de Grupos do OFICENA - Abril de 2016



Falas do OFICENA - 2016



Mulheres que Fazem Teatro no OFICENA - 08 DE Março - 2016

DESFILE DO OFICENA - 2016




Sa Soraya, Atuará em Aurora da Minha Vida, de Naun Alves de Souza.

Sa Soraya faz parte da 3ª Prática de Montagem do Teatro Quintal.
Impossível contar a história artística de Cabo Frio nos últimos 10 anos, sem reverenciar o nome de uma das pessoas mais atuantes da cidade. Soraya Costa, conhecida como Sá Soraya, por sua atuação no jongo da TRIBAL, responsável, junto com uma geração de cantadores para-folclóricos da região, pelo apoio ao ressurgimento das rodas de canto popular. 
Assídua nos redutos do samba da cidade, ela dá um show quando se fala em cultura popular. Historiadora, estudiosa, mãe de duas filhas, esta "guerreira das artes", agora, vai emprestar seu talento, para a obra de Naum Alves de Souza, "Aurora da Minha Vida", texto teatral que é um verdadeiro marco da dramaturgia brasileira, na terceira montagem da "Prática de Montagem do Teatro Quintal", com direção de Dio Cavalcanti e adaptação de Silvana Lima.
Em 2011 e 2012, Soraya já havia participado do "Auto do Trabalhador" de João Siqueira, mostrando que também podia fazer teatro. Dirigida por José Facury, naquela ocasião, ela dançava e cantava jongo, além de interpretar diversos personagens da peça. Em viagens pela região dos lagos, se apresentando pela cidades, aqui e ali, mesclava seu trabalho artístico com a atividade de tesoureira da associação TRIBAL. Depois, tornou-se PRESIDENTA da mesma, onde mergulhou nas ações burocráticas, até entregar o cargo para sua sucessora, Christianne Rothier. 
Cansada, pediu um tempo e foi se dedicar à contação de história, à cantiga popular e agora, também, ao teatro. Seu idealismo e luta pela libertação da mulher, em todos os sentidos, encontra nela uma força que traz muita energia e arte, um exemplo de que a vida está aí para ser domada pela força do caráter, mas também, pela expressão da arte.


SERVIÇO
Texto: Naum Alves
Adaptação: Silvana Lima
Direção: Dio Cavalcanti

Local: Teatro Quintal - Rua Américo Ferreira da Silva, n°3, Parque Burle.
Data - 13, 14, 15, 21 e 22/10 

Hora: as 20h 

Circuito Tribal das Artes - Um retorno em alto estilo...

Jane Lacerda do grupo HI-ATO, retorno
aos palcos como atriz e produtora.
Depois de um longo inverno, a TRIBAL retorna com suas atividades artísticas. Na verdade, os espetáculos que estão sendo feitos no USIN4, são uma forma de agradecer por tantos anos de luta e apoio de uma associação que já viveu de um tudo. 
Quando de sua fundação, em 2004, uma multidão de jovens se aglomeraram em torno de um grande sonho idealista, agregar os artistas da cidade em prol de um ideal mais profissional. Fazer eventos, discutir política cultural e desenvolver ações comunitárias e artísticas para trazer, cada vez mais, a arte e a cultura como uma ação do cotidiano.
Assim, surgiu a "Noite Cultural da Tribal", o "Ciclo de Leitura", o "Jongo da Tribal", a "Ciranda Tribaleira", o "Ponto de Cultura da Tribal", o "Tribal Total", e até mesmo a montagem da peça "Auto do Trabalhador" de João Siqueira, que virou um clássico e teve mais de 20 apresentações por toda a região.
Durante 5 anos, a partir de uma debandada de quadros bem treinados e gestores que foram viver suas vidas de "adulto" e não puderam mais se dedicar à associação, viveu-se um período de apoio aos eventos da cidade, oferecendo equipamentos gratuitamente, na maioria das vezes, para ajudar os eventos independentes da cidade a darem certo.
Em 2017, a associação parecia cansada, mas não esmoreceu. Ensaiou um lindo espetáculo de cultura popular e apresentou na UFF de Niterói, mostrando muita energia criativa. A partir deste momento, as reuniões passaram a ser mais assíduas até chegar-se ao "Circuito Tribal das Artes", um evento que é a cara da associação.
Abriu com o espetáculo de mímica "Por Detrás do Silêncio" de Jiddu Saldanha, passando pelo espetacular "Títeressamba" de Clarêncio Rodrigues, e agora, já está na terceira apresentação: "Em Terra de Cego quem tem um Olho é Rei", de Jane Lacerda, uma contação de história que fala da diferença em três momentos, com cantigas e intervenções da plateia também. Todas as histórias narradas são de domínio público e da tradição oral brasileira além de um cordel de Eduardo Telles. 
2017 é motivo de festa para tribal e para o Teatro Cabofriense, por marcar a volta de Jane Lacerda para os palcos da cidade. Jane, professora do município, ficou alguns anos afastada dos palcos, mas em 2016, começou a marcar presença nos cursos da cidade e sua energia pulsante de atriz, diretora e produtora, voltou à luz e hoje, ela está na ecologia artística da cidade a todo vapor, mostrando seu talento e arte, para deleite das novas gerações.

(Jiddu Saldanha - Blogueiro)



sábado, 7 de outubro de 2017

Aurora da Minha Vida - de Naum Alves de Souza, no Teatro Quintal...

Foto: Pedro Brandoff
Design Carteirinhas: Thays Luz
Design Cartaz: Gustavo Vieira 
A forma criativa de apresentar o elenco e uma bonita campanha pelo mundo digital, marca a terceira montagem do Teatro Quintal, Cabo Frio, aguardando para ver a estréia de "Aurora da Minha Vida" de Naum Alves de Souza, um clássico da dramaturgia brasileira.

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A Pratica de Montagem do Teatro Quintal é um curso que tem o objetivo de proporcionar aos alunos uma instigante vivência através da montagem de um espetáculo teatral  e todos os elementos que a compõem, como: estudo de texto, cenografia, expressão corporal, figurino, direção e atuação cênica. O curso foi criado em 2016, pelos artistas Silvana Lima, Dio Cavalcanti e Vivi Medina e desde então montou os textos "Bailei na Curva" e "Querelas Liras e Jagunços". Em Outubro a Prática apresenta sua terceira montagem intitulada "Aurora da minha vida" de Naum Alves de Souza com direção de Dio Cavalcanti. 

Sinopse

Pense num carro da década de 50. Agora pense nos carros de hoje. Pense num televisor da década de 60. Agora se lembre da TV que está na sua casa. Lembre do celular da década de 80 e pense neste que está no seu bolso. São diferentes? Agora pense na escola de todas essas décadas e a escola de hoje. São diferentes?
O texto “Aurora da Minha Vida” de Naum Alves de Souza é um clássico da dramaturgia brasileira escrito em 1981 no final da ditadura militar e que infelizmente se faz absurdamente atual. 
A Pratica de Montagem III do Teatro Quintal traz à cena essa ácida denúncia sobre a educação e as relações de poder existentes no ambiente escolar.


SERVIÇO

Texto: Naum Alves de Souza
Adaptação: Silvana Lima
Direção: Dio Cavalcanti 
Quando: OUTUBRO 13,14,15,20,21 e 22 
Sextas, sábados e domingos às 20hs
Onde: Teatro Quintal 
Rua Américo Ferreira da Silva, 03 Parque Burle (atrás da UPA)
Quanto: Ingressos R$ 20,00
Antecipados R$10,00 no Love Salad (ao lado da galeria do cinema)

Maneira criativa de apresentar o elenco, com carteirinhas confeccionadas digitalmente por Thays Luz